Para Chaverot, o problema levantado pela Sony é apenas um dos inúmeros que assolam o país e cabe aos jovens mudar esse cenário da maneira mais democrática possível. "Eles podem mudar o país. As pessoas mais velhas não vão mudar. No meio do ano todo mundo foi para a rua, mas hoje ninguém se move mais. Vocês não têm nada a perder, pelo contrário, só vai melhorar", comenta.
"Os jogos que vendemos no Brasil têm a menor faixa de lucro para nós e mesmo assim são os mais caros do mundo. E não é de hoje que enfrentamos esses problemas", revela o executivo, que se diz satisfeito com o desempenho da empresa no país. "Nunca vendemos tanto no Brasil quanto vendemos hoje", fala.
Apesar da revolta sobre o preço do PlayStation 4, Bertrand vê uma série de melhorias no mercado de games brasileiro - como a chegada dos novos consoles e a exposição deles na BGS. "Demorou cinco anos para o Xbox 360 chegar ao país e agora temos o Xbox One no dia do lançamento. Isso é um avanço muito grande para o mercado brasileiro e a importância que ele ganhou no cenário mundial", diz.
O reconhecimento do país no exterior e o aumento do consumo interno, no entanto, não se deve somente ao crescimento econômico do país, de acordo com Chaverot. O empenho das empresas em conseguir entender a demanda brasileira é essencial para esse sucesso. "Não podemos vender aqui como vendemos na Europa ou Estados Unidos - nem mesmo do jeito que fazemos no restante da América Latina. A particularidade com que tratamos o mercado local foi reconhecida pelo consumidor com os ótimos números de venda que tivemos nos últimos anos", diz.
Escrito por

Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.