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domingo, 12 de outubro de 2014

Streets of Rage: curiosidades e polêmicas sobre o clássico do Mega Drive


 Streets of Rage é uma das séries de Beat’em ups mais cultuadas do mundo dos games. Exclusiva do Mega Drive, seus jogos consistiam em dar sopapos nos malfeitores em bares noturnos. Foi um dos poucos jogos a explorar boa parte do potencial do Mega Drive, principalmente no quesito áudio. Se você é fã da série de “Briga de Rua”, confira conosco curiosidades mais interessantes desse clássico.

Clássico do Mega Drive vive no coração dos fãs da SEGA (Foto: Reprodução)
Clássico do Mega Drive vive no coração dos fãs da SEGA (Foto: Reprodução)



Versões diferentes
O processo de localização de Streets of Rage não aconteceu sem pequenas mudanças. No Japão, o nome do jogo é outro, Bare Knuckle: Ikari no Tekken . Mas a versão que sofreu mais mudanças foi a terceira.
Em Street of Rage 3, algumas cutscenes foram cortadas (Foto: Reprodução / SoRonline)Em Streets of Rage 3, algumas cutscenes foram cortadas (Foto: Reprodução)
Em Bare Knuckle 3, a abertura em que Axl Stone soca a tela desapareceu na versão ocidental do jogo. No final feliz com Blaze, apenas um simples desenho sem animação sofreu, obviamente por ser considerado muito sensual, alguns contornos extras para a beleza da moça. Porém, isso não é nada comparado ao que você verá a seguir.
Mais polêmico que Final Fight
Streets of Rage disputa com Final Fight o título de melhor “Briga de Rua” para consoles na geração 16bits. Ambos os jogos tinham rixa até mesmo quando o assunto era polêmica. Assim como a série da Capcom, a franquia da SEGA também foi rodeada de polêmicas e decisões para evitar censura.
Ash era um subchefe com conotação homossexual (Foto: Reprodução / SoRonline)Ash era um subchefe com conotação homossexual (Foto: Reprodução)
A terceira versão do jogo sofreu muitas modificações. Personagens femininas tiveram suas roupas “aumentadas” na versão ocidental do jogo. Mas se você acha que Posion era polêmica, é por que você não conheceu Ash. O sub-chefe do primeiro cenário usava roupas desconcertantes, e fazia várias poses com conotação homossexual. Ele foi retirado da versão americana, mas era possível controlá-lo através de um cartucho com cheats.
Loucademia de Polícia
No primeiro Streets of Rage há alguns furos no enredo do jogo. Segundo o game, os personagens são ex-policiais que resolveram combater o crime com as próprias mãos. Acontece que a idade deles, que segundo o jogo, gira em torno de 21 a 23 anos, eles nem tiveram tempo de exercer a profissão.
Na dúvida, chama a polícia (Foto: Reprodução)Na dúvida, chama a polícia (Foto: Reprodução)
Outra curiosidade relacionada a polícia é o uso da mesma como reforço. No primeiro Streets of Rage, ao pressionar o botão A, a ação congela e um carro da polícia aparece para mandar bala nos inimigos. Um “power-up” inusitado que pouco se viu no mundo dos games.
Lutem até a morte
O primeiro Streets of Rage já guardava algumas inovações para o gênero “beat’em up”. Ao chegar no último chefe, no modo para dois jogadores, o vilão principal da série Mr. X pergunta: “Would you consider becoming my right-hand man?” (Você gostaria de ser meu braço-direito?).
Street of Rage é um dos primeiros jogos onde você pode virar o vilão no final (Foto: Reprodução / Giantbomb)Streets of Rage é um dos primeiros jogos onde você pode virar o vilão no final (Foto: Reprodução)
Se ambos os jogadores responderem sim, lutarão até a morte e não enfrentarão o Mr.X. Esse é o modo de acessar o final “ruim”, no qual um dos jogadores assume o sindicato dos bandidos. Algo inovador para época em que os jogos de “beat’em up” basicamente só possuíam um final. Outros jogos da franquia também tiveram opções de finais diferentes.
Quadrinhos com “Briga de rua”
Na Inglaterra havia, nos anos em que o Genesis (Mega Drive) estava no mercado, uma publicação chamada “The Sonic comics” que trazia várias histórias com personagens de jogos da SEGA como: Sonic, Shinobi, Golden Axe e, é claro, Streets of Rage.
Revista em quadrinhos de Street of Rage não faz sucesso (Foto: Reprodução / SoRonline)Revista em quadrinhos de Streets of Rage não fez sucesso (Foto: Reprodução)
Extremamente obscuras e raras, as revistas em quadrinhos de Streets of Rage possuem histórias um pouco diferentes dos jogos, e possivelmente não agradou muito os fãs. Entretanto, havia muitos profissionais de qualidade colocando seus contornos em Axl e sua turma. Dentre essas pessoas estava Mark Miller, que viria a trabalhar posteriormente em quadrinhos dos X-men.
Trilha sonora conceituada
Compostas pelo talentoso músico Yuzo Koshiro, a trilha sonora dos jogos de Streets of Rage foi aclamada pela crítica e pelo público como uma das melhores. Até mesmo a revista Nintendo Power, que basicamente tratava de jogos da rival da SEGA, se rendeu ao talento do músico: “Koshiro construiu uma base de fãs fiéis por criar algumas das mais memoráveis músicas de jogos eletrônicos nos anos 80 e 90″.
Ao misturar techno, house e outros estilos, Yuzo Koshiro criou um clima único de “Nightclub” que combinava perfeitamente com a temática de Streets of Rage. Yuzo Koshiro também é bastante lembrado pelas composições em outros jogos como ActRaiser e Shenmue.

Final Fight 2 copiou Streets of Rage?

Há diversas semelhanças entre a as capas das versões americanas de Streets of Rage e Final Fight 2 (SNES). Vários personagens que compõem a arte da capa de Final Fight 2 para Super Nintendo são idênticos aos personagens que aparece, dois anos antes, na capa de Streets of Rage. Plágio?
Alguns personagens em ambas as capas são idênticos (Foto: Montagem  / SoRonline)Alguns personagens em ambas as capas são idênticos (Foto: Montagem )
Polêmicas à parte, o que pode ter acontecido pode ser algo bem longe do plágio. Naquela época, o trabalho de produção das artes de capas era terceirizado e muitos artistas trabalhavam para várias empresas. Pode ter acontecido, simplesmente, que alguém produziu a arte da capa para ambos os jogos e utilizou desenhos repetidos.
Streets of Rage 4: Round 1! Fighting Force
Nunca houve uma sequência de Streets of Rage 3. Na realidade, a franquia era mais popular no ocidente do que no Japão. Segundo rumores, a SEGA cogitou comprar um jogo já parcialmente desenvolvido por outra empresa, a Core Desing. O jogo em questão ainda estava em desenvolvimento, seu nome era Judgement Force.
Com personagens novos, o game manteria apenas algumas semelhanças na jogabilidade, mas seria um jogo totalmente tridimensional. Porém, segundo rumores, a SEGA desistiu quando o jogo estava perto de ser finalizado. Entretanto, o game foi realmente lançado para PlayStation, Nintendo 64 e PC e recebeu um novo nome, Fighting Force
Streets of Rage 4: Round 2! Cancelado no Dreamcast

Anos mais tarde, a SEGA começou a trabalhar em ideias para trazer Streets of Rage para o Dreamcast. A empresa criou vários conceitos e até Yuzo Koshiro foi chamado para compor a trilha sonora. A SEGA queria um jogo 3D e precisou esperar uma geração inteira, pois o Saturn não tinha um hardware muito bom para exibir um jogo tridimensional com qualidade superior a concorrência.
No entanto, depois de trabalhar em vários conceitos e até algumas demos (como a que você vê acima) a SEGA desistiu do jogo e o projeto foi cancelado. De 2008 a 2012, a SEGA tentou novamente trazer a série Streets of Rage de volta a vida. Com algumas sondagens em outras produtoras como a que produziu Crackdown 2, mas os fãs da série teriam uma boa surpresa.



Remake feito por fãs é alvo da SEGA
Mesmo que Streets of Rage tenha sofrido com a falta de um novo jogo há mais vinte anos, um grupo de fãs decidiu manter a chama viva com a criação de Streets of Rage Remake. O jogo pode ser considerado uma sequência direta de Streets of Rage 3. O jogo surpreendeu o público com uma jogabilidade precisa, muitas fases e muitos personagens para selecionar.
Alguns personagens em ambas as capas são idênticos (Foto: Montagem  / SoRonline)Alguns personagens em ambas as capas são idênticos (Foto: Montagem)
Quem não gostou nada disso foi a SEGA que tentou evitar ao máximo a distribuição do game, que era gratuita, e tentou tirar o site da comunidade que desenvolveu o remake, do ar. Mesmo a ideia parecendo muito boa, a SEGA não comprou a ideia.

Escrito por

Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

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