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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Conheça a Labindie: o trabalho acadêmico que virou incubadora de games


 A publisher e possível incubadora Labindie surgiu como um trabalho de conclusão de curso de Animação Digital da Universidade da Região de Joinville (Univille) em 2012. A ideia veio de Neemias Gabriel Watzko (20) e Rodrigo Luiz Genz (29), que conversou com a coluna Geração Gamer. Confira como a iniciativa que está deixando o meio universitário e pretende ganhar destaque no mercado brasileiro entre 2014 e 2015.

Rodrigo Luiz Genz e Neemias Gabriel Watzko, os criadores do Labindie (Foto: Divulgação)Rodrigo Luiz Genz e Neemias Gabriel Watzko, os criadores do Labindie (Foto: Divulgação)
Relacionamento por 10% de participação na venda de jogos
Os desenvolvedores que quiserem entrar no Labindie não terão nenhuma gasto adicional. A iniciativa também já divulgou 51 jogos, o que mostra que eles já tem alguma experiência. “Não iremos cobrar nada dos desenvolvedores associados até que seus jogos estejam com um acabamento ideal para comercialização. Teremos contratos com os desenvolvedores que forem selecionados para o investimento, propondo taxas de 10% na participação da venda destes jogos”, nos explicou Rodrigo Luiz Genz.
Rodrigo também propõe modelos diferentes para games brasileiros distintos. O “laboratório indie” dará prioridade para produções nacionais. “Para os jogos no modelo Freemium, estamos finalizando o planejamento para que o desenvolvedor e a Labindie consigam sua renda”, diz o especialista.
O empreendedor ajuda gratuitamente algumas iniciativas. “Existem também os jogos que são divulgados e que não são de desenvolvedores associados. Nestes casos, não visamos lucro algum sobre os serviços. Queremos ajudar o setor a crescer, sem egoísmo, ajudaremos a quebrar o paradigma de que jogos nacionais são ruins e de má qualidade. Acreditamos no potencial dos brasileiros e queremos mostrar isso ao público, porém não será uma tarefa fácil e rápida (risos)”, afirma Rodrigo.
Portfólio brasileiro conhecido
Labindie tem um portfólio de jogos conhecidos. SUS: The Game é um deles (Foto: Divulgação)Labindie tem um portfólio de jogos conhecidos. SUS: The Game é um deles (Foto: Divulgação)
SUS: The Game, o jogo que simula e critica os hospitais públicos do Brasil, está na lista de games da iniciativa Labindie. O videogame é uma partida de sobrevivência dentro do Sistema Único de Saúde, em que você precisa encontrar o médico antes de morrer.
Flappy Bird 3D é uma versão do jogo Flappy Bird, do vietnamita Dong Nguyen. O jogo original foi criado em 24 de maio de 2013, mas só fez sucesso entre janeiro e fevereiro de 2014. Saiu do ar, fez um sucesso absurdo nos smartphones e voltou recentemente. Animaleante tenta fazer sucesso brasileiro na mesma onda.
Labindie também divulga o jogo José vai à Copa, da Red Hex Games. Disponível para dispositivos com sistema Android, o game de aventura brinca com a corrupção, os problemas estruturais do Rio de Janeiro e com o mundial de futebol que ocorreu no Brasil.
Mod de Flappy Bird está na lista da iniciativa (Foto: Divulgação)Mod de Flappy Bird está na lista da iniciativa (Foto: Divulgação)
Um dos jogos brasileiros mais divulgados pelo Labindie foi o Project Tilt, do BitCake Studio. A empresa nacional recebeu 15 mil euros da investidora europeia Game Founders no mês de março. “Conhecemos o jogo Project Tilt através da Camilla Slotfeldt Viana. Ela entrou em contato conosco dia 12 de junho deste ano e depois de alguns emails já tinhamos todo o material para divulgação e foi um sucesso de acesso”, disse Rodrigo Luiz Genz.
O criador do Labindie continua: “Foi bem bacana conversar com a Camilla e também conhecer um pouco da história da equipe Bitcake. Neste momento, eles ainda estão na Estônia pela Game Founders. Acredito que a experiência deles lá fora terá um retorno significativo na maneira de pensar e produzir um jogo, principalmente como estúdio de jogos”.
Labindie ainda está em fase de testes, beta
Até jogo inspirado na Copa do Mundo 2014 do Brasil está no portfólio (Foto: Divulgação)Até jogo inspirado na Copa do Mundo 2014 do Brasil está no portfólio (Foto: Divulgação)
“Já liberamos o pré-cadastro em nosso novo site e estamos recebendo cadastros já os quais recebem aprovação por nossa equipe. Mas o último desenvolvedor que já está na fila para divulgação de seu jogo casual para mobile, é o João Neto da Fun Bites Games”, informa Rodrigo. No entanto, apesar de já receber novos integrantes, a incubadora ainda está em testes, com uma página beta.
“Acredito que será fundamental para nós permanecermos no beta até que tudo seja criado, instalado e validado com o público. Ainda não temos previsão de sair do testes. Contudo, se fosse te dar uma data, imagino que seria no segundo semestre de 2015. Isso ainda é incerto, pois temos mais planos pela frente”, completou.
Labindie pode ajudar com mão de obra freelancer para empresas de jogos
Rodrigo nos explica uma iniciativa que pode ajudar pequenas companhias: “A ideia é ajudar o profissional que precise de alguém em sua equipe ou até mesmo aqueles que queiram montar uma equipe do zero. Indo além, estamos avaliando CRM (software de relacionamento) para gestão de pessoas e tarefas de parceria, para tornar os desenvolvedores mais organizados com seus projetos, principalmente com a deadline, cronograma e metas”.
Ou seja, o Labindie pretende fornecer programas e profissionais freelancers para as empresas pequenas que compõem o mercado de games no Brasil – entre cinco e 10 funcionários por corporação.
Uma das iniciativas mais difundidas pelo Labindie foi o Project Tilt (Foto: Divulgação)Uma das iniciativas mais difundidas pelo Labindie foi o Project Tilt (Foto: Divulgação)
Quem é Rodrigo Luiz Genz?
Ele começou a jogar videogame com 10 anos em um Atari 2600 na casa de sua prima. Também jogou Dynavision, SNES, Mega Drive, PlayStation e PC. E o empreendedor gosta de games brasileiros. “Meu gosto vai mais para jogos tipo tower defense, de tiro, plataforma e RPG. Para jogar sozinho, curto Magic Rampage, do estúdio Asantee Games de Campo Grande. Foi desenvolvido para plataformas móveis Android. Para jogar multiplayer no PC, prefiro o brasileiro Towerfall, do desenvolvedor Matt Thorson em parceria com a empresa paulistana MiniBoss”, finaliza.

Escrito por


Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

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