Numa recente entrevista, o fundador da Quantic Dream David Cage argumentou o espaço que acredita haver para o conteúdo híbrido de jogo e cinema.
Cage começou por dizer que: “Acho que, de uma maneira, é isso que tentamos conseguir na Quantic Dream – por isso sim, eu acredito que existe um futuro para este tipo de experiência”. O produtor francês defendeu o seu ponto de vista afirmando que: “Existe muito desdém dos jogadores hardcore contra qualquer tentativa de contar uma história num jogo, porque está presente um receio de que não seja interativo Existe futuro nas experiências guiadas pela história, quer lhes chamem filmes híbridos ou filmes interativos etc, porque este tipo de experiência pode atrair uma audiência mais ampla. Nós exploramos esta direção tentar criar histórias com que possas interagir, sem armas ou Full Motion Vídeo apenas deixando o jogadores determinar a história através das suas ações.”
Cage partilhou ainda a sua perspectiva em relação à credibilidade no papel de protagonista: “Fingir que o jogador é o personagem é algo que nunca resultou comigo. Eu sempre tive dificuldade em acreditar que eu era o soldado que ia para a guerra só porque a câmara estava na primeira pessoa. Não sou um soldado ou um elfo, até mesmo que me deixassem personalizar a cara do personagem com a minha, mudar para as minhas roupas ou adicionar o meu nome. Role-play sempre me pareceu mais interessante: diz-me quem sou, como eu costumo pensar. Diz-me o que gosto e quem eu adoro. Existe uma ideia tradicional de que quanto menos se caracterizar o protagonista, mais facilmente o jogador pode sentir-se no seu papel, mas eu acho que essa ideia é errada.”
O próximo projeto da produtora Beyond: Two Souls está agendado para 8 de Outubro e terá um streaming de 1 hora amanhã.
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