Analise: Dragon's Crown une os gêneros RPG e Beat 'em up com maestria

Dragon's Crown é o representante da geração atual de jogos clássicos que misturam RPG e Beat 'em up. Com versões para PlayStation 3 e PS Vita, o jogo bebe da fonte de clássicos como Dungeons & Dragons e Golden Axe. Leia a seguir nossa análise sobre Dragon's Crown e conheça os pontos positivos e negativos do game.

A Dragon's Crown, ou literalmente coroa dos dragões, é um item mágico que permite controlar dragões. Cego por esse poder, o Rei desapareceu e cabe ao jogador, como aventureiro, participar de uma jornada para encontrar Vossa Majestade.

Lançamento tumultuado

O lançamento de Dragon's Crown no ocidente foi cercado de uma leve polêmica. Em boa parte devido às reações de usuários e da mídia frente à aparência das personagens femininas, em especial a Sorceress (Feiticeira). Antes mesmo do lançamento do game, já havia reações e comentários sobre o jogo ser sexista.

Mas a verdade é que toda a arte conceitual do jogo tem um visual exagerado. Os heróis são enormes, cheios de músculos e com cabeças minúsculas. E as mulheres tiveram seus “atributos femininos” aumentados. Porém, não é um jogo repleto apenas de personagens femininas seminuas.

Possuindo seis personagens de ambos os sexos, são raros os momentos em que a arte do jogo deixará alguém desconcertado. Contudo, esses momentos existem, não há como negar. Porém, eles são muito mais um reflexo da direção de arte do jogo do que uma proposta simplesmente apelativa, como muitos pensaram a princípio.

Belíssimo trabalho de arte

Libertado do dilema do jogo ser sexista ou não, qualquer um se deslumbra com a qualidade do trabalho artístico presente em Dragon's Crown. O visual segue o estilo de anime, mas o aspecto das cores lembra o de pinturas a óleo. Personagens e cenários compartilham desse rigor técnico que rende ao jogo uma arte rica e detalhada.

História épica

A história é um dos elementos mais importantes do jogo e é quem conduz toda a aventura. Entrar no universo de Dragon's Crown é fundamental para poder aproveitar o game, caso contrário, o jogador se sentirá perdido em alguns momentos, sem saber aonde ir para dar prosseguimento à aventura. Neste aspecto, Dragon's Crown se revela muito mais próximo dos jogos de Dungeons & Dragons do que de simples Beat’em up do tipo “Stage Clear”.

A aventura tem início em uma taverna onde seu personagem se encontra com seu fiel amigo, Ranniel. Ele é um escudeiro que acompanhará seu personagem durante toda a campanha. Ranniel é um NPC bastante útil, até mesmo nos combates. Ele é o responsável por coletar o ouro, abrir baús e portas.

Jogabilidade afiada

São seis classes de personagens para escolher: Fighter, Amazon, Wizard, Elf, Dwarf e Sorceress. Você começa a aventura sozinho, mas poderá jogar com amigos localmente ou com até três amigos no modo multiplayer online. Entretanto, só é possível jogar online depois de terminar o jogo, e isso vale tanto no PlayStation 3 como no PS Vita. A aventura dura cerca de oito horas (contando somente as quests principais), o que é longo para um beat’em up e curto para um RPG.

Mas mesmo jogando sozinho, é possível colocar mais gente na sua party. O jogador pode recorrer a “ressurreição de heróis” que faz com que personagens controlados pelo jogo participem das batalhas, ajudando você de forma mais efetiva, seja atacando inimigo ou protegendo seu personagem. Essa proposta é ideal para variar o estilo de combate.

A jogabilidade durante os combates segue o estilo Beat’em up. Entretanto, engana-se quem pensa que basta bater de forma ininterrupta nos oponentes, pois cada personagem possui seu próprio mix de habilidades, com pontos positivos e negativos, e é preciso saber usar bem os combos para sobreviver aos inimigos mais poderosos. Dragon’s Crown conta também com muitas opções para customizar seus ataques, tornando cada personagem único, diferente até dos criados por outros jogadores online.

A decisão de criar uma árvore de habilidades bastante elaborada faz com que o jogador deseje explorar o potencial máximo de cada personagem, como em todo bom RPG. Isso também aumenta o fator “replay” do jogo, fazendo com que você queira terminá-lo mais de uma vez.

Jogando sozinho Dragon’s Crown já é divertido, mas a verdadeira brincadeira começa no modo para vários jogadores. O jogo balanceará o desafio conforme o número de jogadores, apresentado mais inimigos e até o dobro de chefes que havia na campanha solo.

Conclusão

Dragon's Crown sofreu pela exibição excessiva na mídia. Sua arte peculiar rendeu críticas no ocidente, fazendo jogadores terem até uma impressão errada sobre o jogo. O game, que mistura RPG e Beat 'em up, lembra clássicos do gênero, como Dungeons & Dragons para arcades. Dragon's Crown é um dos melhores jogos do estilo e oferece uma aventura bonita, épica e, acima de tudo, divertida. Estou jogando o mesmo ainda estou evoluindo os personagens, considero ele o estilo Star Ocean vale muito a pena ser jogado!

Prós

• Arte única
• Mistura entre RPG e Beat'em up
• Ótima narrativa

Contras

• Personagens com visual apelativo
• Multiplayer bloqueado até o fim da campanha
  
  
  Notas: GRÁFICOS 9 JOGABILIDADE 8 DIVERSÃO 9 SOM 8

Escrito por

Alexandre Vieira

Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.