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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Análise: Final Fantasy. Lightning Returns





 Chegou o capítulo final da trilogia Final Fantasy XIII.A heroína Lightning volta em grande destaque depois da sua exclusão no segundo jogo, e desta vez, é a única personagem num RPG open-world com um formato completamente original num Final Fantasy. Lightning Returns termina assim esta história, fechando assim uma geração ocupada quase inteiramente por este título da saga, pioneiro em muitos aspectos nunca antes figurados em qualquer Final Fantasy, para o melhor e o pior na maneira como evoluíram o design da série.


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Desta vez, Lightning é a única personagem jogável.
Para os que não jogaram os títulos prévios, não existem muitos detalhes a aprender. A história do jogo é relativamente simples e fácil de seguir, e a maioria dos eventos encontram-se completamente separados das histórias dos jogos anteriores. O mundo está à beira de acabar, e Lightning tem apenas alguns dias para salvar as almas que puder desse destino, para as levar a um novo mundo. Talvez através de uma má tradução do argumento, os diálogos são terríveis, apoiando-se demasiado em exposição dos mesmos elementos da história, e repetindo os mesmos termos vezes e vezes sem conta, de maneira a que o jogador tenha de ouvir elementos da mesma frase seguidos durante horas. O papel de Lightning na salvação do mundo é mencionado em cada um dos encontros com outros personagens relevantes, com o jogador a ser relembrado do status constantemente, criando um drama “mal encaixado” que acaba por não funcionar devido à falta de dinamismo em filmes que “quebram” o ritmo frenético e constante das secções jogáveis. Os personagens possuem personalidades unidimensionais, e apresentam atitudes demasiado simples, não assentando bem na forma lenta como os filmes do jogo fluem. Lightning é um meio para chegar a um fim e nada mais, e qualquer evolução da sua personalidade é forçada para dentro da narrativa de forma desajeitada, nunca sendo satisfatória para o tempo dedicado aos eventos decorridos.
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O novo mundo é bastante vasto, mas confuso.
A jogabilidade é algo extremamente diferente de outros títulos, e altera a percepção normal de um RPG Final Fantasy. Os elementos de level-up normal através de grinding desaparecem por completo, devido às missões do jogo, sendo da história normal ou sidequests, serem a única forma de aumentar os poderes de Lightning. Pequenos encontros de inimigos servem agora para encontrar items variados para completar objetivos. Os seus ataques e armas são desta vez dispostos através de fatos, chamados Schematas. Existem diferentes para colecionar, e para serem equipadas com diferentes armas e poderes, podendo ser equipadas três Schematas diferentes de uma só vez, para serem trocadas durante o combate de modo a que o jogador achar melhor. Existe um grau de dificuldade bastante elevado de início, devido à subsistência em habilidades defensivas para que o jogador perca menos pontos de vida, visto que poções e outras formas de recuperação de energia são agora mais raras e limitadas. Mas este elemento acaba por ser mal implementado, devido ao jogador ser obrigado a ter um equipamento específico antes de encontrar um tipo de inimigo para poder ter sucesso sem perder grande parte da sua vida. Adivinhar situações é uma constante, o que vai fazer com que muitos se apoiem em salvar o jogo bastantes vezes para ultrapassar algo difícil.
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A arte do jogo possui todo o pedigree Final Fantasy.
Um dos elementos mais importantes é o tempo. Lightning possui um limite de horas por dia durante os quais pode explorar o mundo e encontrar diversas missões, cada missão significando um maior sucesso no seu objectivo principal de salvar o mundo. Se a missão principal for falhada antes do tempo, o jogo acaba com um final diferente, e pode recomeçar com tudo o que colecionou até ao momento durante a sua passagem prévia, tornando-se mais fácil jogar uma segunda vez. O que acaba por ser necessário, visto que a navegação pelas ruas confusas e labirínticas do mundo é de difícil habituação, e tudo menos lógica. A arte e design visual do jogo é altamente estilizado, e muito belo por vezes, dando um bom destaque ao grafismo e animação de terem um valor de produção brilhante, mas construir um mundo aberto e credível não foi o forte da Square-Enix.
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Desta vez, a estratégia aparece através das roupas que Lightning usa.
Lightning Returns consegue ser um jogo que surpreende os fans dos dois primeiros, possuindo muito mais exploração e uma experiência mais rica no geral, mas acabando por ficar do outro lado da moeda completamente, visto que os seus elementos incertos e a forma como os tutoriais parecem explicar tudo menos a dinâmica do jogo tornam-no numa experiência frustrante por vezes, embrulhada num design que não consegue decidir entre os gêneros de ação e RPG, acabando por não se especializar em nenhum de forma correta. Ambas as versões Playstation 3 e Xbox 360 parecem ter alguns problemas no que toca à framerate, embora não estorve a jogabilidade, sendo mais prevalecente durante as secções de exploração. Para alguém que queira saber como a história de Lightning acaba, e tenha bastantes horas para dedicar com paciência às mecânicas do jogo, é uma experiência algo curiosa com elementos originais que valem a pena ser jogados. Mas não estejam à espera de um título sólido.

Pontos positivos


  • Bom grafismo, arte e animações
  • Elementos interessantes
Pontos negativos


  • Design caótico
  • Grande quantidade de tutoriais nos elementos em que menos importam
  • Narrativa e diálogos extremamente maus

Nota: 4.0
Apresentando muitas ideias "frescas" mas sem nexo ou ordem, Lightning Returns é uma experiência interessante, mas não obrigatoriamente boa.

Fonte
Opinião: Espero que Toriyama e sua equipe passe longos anos distante de um Final Fantasy, que eles reflitam no que fizeram e quantos fãs eles afastaram da série nesse longo titulo que atravessou toda uma geração de consoles, precisam fazer um reciclagem e voltar lá no passado, no FF VII, VIII, IX e X para quem sabe façam algo próximo destes títulos. E desejo boa a sorte ao Nomura e que ele não prolongue mais o Final Fantasy XV, pois os fãs estão órfãos de um verdadeiro Final Fantasy.

Postado por


Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

15 comentários :

  1. Alexandre meu velho, você disse tudo! Os fãs de fato ficaram orfãos nesta geração de consoles de um Final Fantasy, alias tivemos um, mas que até hoje não foi localizado para America do Norte. Type-0

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  2. Honestamente eu queria até colecionar os três já que comprei os outros dois, mas se arrependimento mata-se eu morreria com certeza, pois eu deveria ter parado apenas no XIII e pronto.

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  3. Eu tenho esse mesmo sentimento, nunca presencie em minha vida um titulo tão sem nexo como esse Final Fantasy L.R, as vendas estão piores do que eu esperava, a Neiva deve ter uma ideia como estão as coisas, porque eu lembro de ter avistado ela comentando algo no facebook.

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  4. Vocês ainda tinham alguma esperança que esse titulo salva-se essa franquia, era para ter parado no XIII eu nem comprei e nem vou comprar, porque já imaginava que seria bomba! A Square-Enix perdeu o rumo mesmo, talvez o Nomura salve a patria com o XV ou talvez passe mais uma geração inteira e venha apenas ser lançado no Ps5! \o/

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  5. Caramba... Depois dessa analise e da opinião de vocês eu brochei geral, não vou pagar mais de 100 dilmas num titulo fraco deste jeito. Putz

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  6. Toriyama revelou, em entrevista com o Siliconera, que Lightning é uma personagem bastante popular de tal forma que existe a possibilidade dela marcar presença em futuros jogos da série. Que vocês acham? Honestamente eu sou apaixonado por ela, mas desgastaram e muito a personagem e quero lembrar del apenas do primeiro Final Fantasy XIII esses últimos dois é para esquecer. Estou acompanhando pelo Youtube, porque não tenho coragem de comprar esse jogo.

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  7. #Apaixonada, e também gosto do HOPE, FANG e do CHOCOBINHOS.

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  8. Se for nos Tactics, Dissidias e Theatrhythms, tudo bem. Aparece juntamente com os outros protagonistas. Mas fora disso, nem pensar. Seria mau demais ela aparecer/ser mencionada no XV.

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  9. Por mim não me importo que ela apareça. As pessoas não gostam dela porque não gostaram dos jogos. Apesar dos jogos terem sido longo de perfeitos eu gosto bastante da personagem, é uma das melhores personagens femininas (talvez tirando a Tifa do ffvii) dos jogos FF. Tem personalidade e é forte, em vez de ser como muitas personagens de jogos anteriores que mais pareciam princesas em apuros.

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  10. o jogo é bom apenas quando não se compara com um autentico final fantasy.

    a jogabilidade é boa estou jogando, mas as quests os diálogos e historia são pessimos.

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  11. Ela é uma excelente personagem mal aproveitada em um enredo péssimo, e com dois produtores que se perderam no meio do caminho.

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  12. Olá. Gostei da análise. Bastante racional e clara.

    Nenhuma surpresa. Desde o início tive a opinião de que este jogo seria uma vergonha para a franquia. Meu único orgulho em relação a ele é não jogar, minha forma de demonstrar que não compactuo com algo indigno da série, que não digo amém a qualquer coisa que a SE faça.

    Sou fã e não trouxa.

    Entretanto era necessário encerrar esta estória vergonhosa e fico aliviada em saber que acabou, finalmente.

    Rumo ao XV! Espeto jogar este mesmo que no PS5 e torço para que finalmente seja bom jogo e que a SE tenha entendido o recado dos fãs.

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  13. Sei que as vendas foram mínimas. A pior vendagem da série. Apenas aguardando a consolidação dos números, mas é isso. Sequer deve se pagar.

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  14. Lightning já é ums das heroinas mais queridas da série, talvez por ter sido tão infeliz e maltratada.

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  15. Caras, será que vcs estão realmente colocando essas sequencias de FFXIII no lugar onde elas deveriam estar? Entendo a revolta com a qualidade dos últimos FFs, (FFXIII-2, LRFFXIII) mas não da p negar que são apenas spinoffs, não da p esperar muito, são apenas jogos p se testar novas ideias, por isso muitas vez o pessoal n gosta, e as vezes tb da sorte e o pessoal acaba até gostando demais, logo eles não podem ter tantos elementos tradicionais qto um FF numerado, (FFVI, VII, VIII, IX, X, até mesmo FFXIII por que não, gostei muito do XIII) é a mesma coisa que dizer que God of War Ascension é o GoW IV se o quarto GoW ainda nem foi lançado, ou dizer que Killzone shadow Fall é o KZ 5, logico que esses títulos terão notas inferiores aos títulos numerados q sempre tem mais atenção na sua produção, enredo mais carregado, etc. Não adianta ficar crucificando uma coisa q foi inventada apenas p ver se uma nova ideia vai vingar ou não, eles são como testes essa q é a verdade, são apenas um extensor p aqueles q buscam um motivo p n abandonar a ideia inicial e quem sabe, manter a empresa enquanto ela n finaliza os jogos principais...
    Não adianta esquentar a cabeça, e nem comprar pela história, por q a verdade é q ela foi encerrada no FFXIII, ai no inicio do XIII-2 tem uma nova CG com a Lightning sendo arrastada, se no fim do XIII ela estava la com todos kkkkk é só p aqueles q querem continuar jogando mesmo, só p vc ter mais batalhas mesmo. (admito, comprei os dois, platinei os dois, não foi ruim de todo, logico que o FFXIII original p mim é bem melhor q o XIII-2, mas tirando o sistema de monstros o XIII-2 conseguiu refinar um sistema de batalhha q eu gostei muito e q merecia isso, mas tb se ele fosse tão refinado no FFXIII talvez o jogo ficasse mais fácil ainda).

    Mas é isso, só p resumir, essas sequencias são apenas spin offs e logo n podem ter o peso de um titulo principal, até mais.

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