Há algum tempo que queria dedicar um artigo ao estado em que se encontra aquela que já foi a minha série favorita mas, depois de ter jogado FInal Fantasy XIII-2 e de ver anunciado mais um jogo da “saga” de Lightning, decidi esperar pelo seu lançamento antes de tecer críticas. Estava na cara que, seguindo as pisadas dos seus antecessores, vinha aí mais um jogo de qualidade duvidosa. Não me enganei. “Mas agora 66/100 é uma nota má?!”, dizem alguns de vocês. É verdade, 66 é perfeitamente satisfatório para um jogo mediano mas estamos a falar de uma série que, no passado, nunca descia dos 90. Para aqueles que não cresceram com Final Fantasy, imaginem que, daqui a 5 anos, a qualidade de Uncharted ou Assassins' Creed se torna equivalente à The Black Eyed Peas Experience. Não é um bom cenário.
Final Fantasy VII é o meu jogo favorito de todos os tempos. Já lá vão 17 anos desde que o joguei pela primeira vez e ainda nenhum outro jogo me proporcionou uma experiência tão rica. Final Fantasy VII deu-me a conhecer um lado dos videojogos que nem sabia que existia. Tinha uns 13 anos e estava habituado a jogos que se esgotavam em poucas horas: shooters, jogos de corrida, de luta, puzzles, etc.. Naquela altura, jogos com uma história eram algo impensável. O mais aproximado que tínhamos eram os livros Aventuras Fantásticas, do fundador da Eidos, que rodavam a turma toda. Graças a Final Fantasy VII, ainda hoje é a narrativa o elemento que mais aprecio nos jogos.
A maldição de Final Fantasy VII: depois de o jogarem, vão passar a vida toda à procura de um jogo melhor. Nunca o irão encontrar.
Depois do VII, Final Fantasy tornou-se uma obsessão. Comprava qualquer revista com Final Fantasy na capa, guias, merchandise e aguardava ansiosamente por tudo o que tivesse o selo de qualidade da Squaresoft. Lembro-me de ficar extremamente desapontado por Final Fantasy Tactics e Chrono Cross não chegarem à Europa.
Apesar de não terem tido a mesma importância que Final Fantasy VII, também joguei até à exaustão o VIII, IX e X. Final Fantasy IX, especialmente, é um grande, grande jogo. Objectivamente, é capaz de ser superior ao VII e o pináculo da série em direcção artística. Lembro-me de comprar o X no dia de lançamento e de o jogar durante tantas horas seguidas que nem conseguia dormir bem porque sonhava com o jogo. Fui obrigado a largá-lo durante uns dias para descansar.
Naquela altura, Final Fantasy era mágico. Embarcávamos em histórias épicas por mundos ricos com personagens carismáticas. Havia tanto para se fazer que o jogo era capaz de durar meses, muito para além da história principal. Para terem uma ideia, Final Fantasy VII foi a única coisa que joguei durante mais de um ano seguido. Era mágico mas essa magia já não existe mais. Pelo menos não para mim.
Será que o problema sou eu?
Os primeiros sintomas do meu distanciamento com a série chegaram com a fusão da Square com a Enix e com a saída de Hironobu Sakaguchi.O primeiro jogo lançado sem o criador da série foi X-2. Apesar de ter gostado bastante de Final Fantasy X (ainda tenho 2 saves com mais de 160 horas cada), nunca percebi a necessidade de continuar a história do jogo, especialmente com uma roupagem à Anjos de Charlie.
O primeiro de muitos jogos desnecessários.
Final Fantasy XII até me divertiu no início mas acabei por perder interesse pelo jogo por se afastar demasiado daquilo a que estava habituado e porque a história e personagens não me cativaram. Um dia quero voltar para o terminar.
Fora da série principal, a “Compilação de Final Fantasy VII” chamou-me obviamente à atenção mas esse fascínio caiu por terra assim que os títulos começaram a sair. O anime Last Order é bastante bom e o filme Advent Children foi porreiro, embora desnecessário para a história. Dirge of Cerberus, protagonizado por Vincent Valentine, foi um jogo terrível a todos os níveis, muito mal recebido pela crítica e jogadores, e nem mesmo o relativamente bem recebido Crisis Core: Final Fantasy VII fez alguma coisa por mim, embora saiba que muitos de vocês são fãs acérrimos do jogo. As side-quests eram literalmente repetitivas (a sério, eram SEMPRE a mesma mas com diferentes níveis de dificuldade) e a história só ficou interessante em Nibelheim, já perto do fim. É também o título com mais random battles na série e já estava a dar em doido de tanto ouvir as frases “Modulating phase” e “Activating combat mode”.
Depois veio Final Fantasy XIII e foi aí que o meu desapontamento para com a direcção que a série tomou se instalou definitivamente. Achei o jogo tão mau e afastado daquilo que a série um dia fora que comecei a questionar-me se não seria eu quem estaria demasiado velho para continuar a apreciar Final Fantasy ou mesmo RPGs, no geral. Mas isso não fazia sentido. Dois dos JRPGs que mais me prenderam, Persona 4 e Dragon Quest VIII, são relativamente recentes. Ainda mais recentemente, Lost Odyssey, do mestre Sakaguchi, também prendeu a minha atenção e não descansei enquanto não o terminei. A ocidente, Fallout 3 e Mass Effect foram os meus jogos favoritos da geração passada por isso não se trata de desinteresse pelo gênero.
A realidade é que Final Fantasy não é aquilo que costumava ser.
Opinião: Eu achava que era apenas eu, um simples blogueiro, mas vejo que outros grandes profissionais do meio estão também insatisfeitos a muito tempo. É lamentável!
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Não é apenas a você Alex, mas uma grande legião que se mostra indignada e insatisfeita com o caminho que a serie vem tomando a muitos anos, a administração passada levou a serie para um enorme buraco, e o trio que fez o ultimo jogo fez questão de mostrar o quanto despreparados são. Eu também estou de luto!
ResponderExcluirEu fiquei até emocionada lendo este relato, realmente é triste para nós fãs da serie se deparar com algo deste tipo, eu sempre disse que o XIII deveria ter parado no primeiro, mas insistiram em mais dois jogos que são duas bombas e acabaram até com a minha personagem favorita, a Lingthing, que futuramente deve ser aproveitada como garota virtual da Victoria Secret.
ResponderExcluirHonestamente desta geração só enxerguei um jogo bom, Final Fantasy só teve um e mesmo assim não saiu para Ps3, foi o Type-0 o resto não passou de lixo! E jogo para ser jogado e ser lembrado por muito anos desta geração foi de The Last Of Us, e o Alexandre sabe disso.
ResponderExcluirO ffxiii e sua dispensável trilogia nem são dignos de figurar como um capitulo desta grande saga.
ResponderExcluirBem, isto nada mais é do que eu já martelo há uns 3 anos. Surpreendentemente neste momento não faço coro às reclamações. Ao contrário. Estou animada e ansiosa.
ResponderExcluirConforme postei lá no meu face, minha ansiedade por XV atingiu níveis extraordinários agora que LR saiu do caminho. XV será o próximo. Para a série continuar XV tem que ser lançado. Não há nada que a SE possa fazer para fugir desta realidade. Vai lançar um XVI? Não. X HD também já foi. No máximo, mas muito no máximo, localizará Type-0 até o final do ano. Agora... Em 2.015 não há nada, nada mais do que XV à frente. Se tivermos realmente sorte, em Dez/15 ou mais tardar Mar/16, estaremos jogando XV.
Saber que ele será o próximo, que enfim será lançado... Eu estou ficando maluca de ansiedade. Fico revirando a net em busca de notícias, sem encontrar nada. Desespero.
Por que estou tão ansiosa?
Porque XV tem uma chance imensa de ser excepcionalmente bom. SE não se atreverá a lançar um jogo menos que 9/10 com o futuro da franquia em risco. Tem que ser bom, tem que resgatar a série. E a SE, quando quer, sabe fazer. Vide XIV.
Ter esta perspectiva, de um jogo excepcional e novo... Caramba! Sinto-me frente à algo grande e novo e simultaneamente de volta aos velhos tempos. E estou adorando a sensação.
Posso quebrar a cara e ficar p.da vida quando XV for lançado, caso se revele outra nulidade. Mas duvido. A sobrevivência da série depende de XV. Eles não se atreverão a nada menos do que o melhor.
Mal consigo esperar!
Como dizem por ai, a esperança é a ultima que morre.
ResponderExcluirEstava eu aqui lendo todos esses posts, que dizem que FF não é mais o mesmo e tal, concordo que FFX-2, FFXIII-2 e Lightning Returns FFXIII, são dispensáveis, mas não colocaria FFXIII nesse pacote, ao meu ver ele tem uma história muito rica, que até cobre tudo o q acontece no jogo, e um sistema de batalhas muito divertido, da vontade de batalhar toda hora sem parar... A verdade é que nunca saberemos o q realmente aconteceu p o FFXIII fugir tanto as origens, a verdade é que o jogo teve q ser picotado e segundo os desenvolvedores o q foi cortado era do tamanho de um outro FFXIII, mas enfim.
ResponderExcluirPelo q sei FFVIII tb não é de Sakaguchi, mas ele assinou (foi o q fiquei sabendo), esse foi meu primeiro FF e sempre procurei outro como ele e nunca mais encontrei, parece com o caso do Alexandre pelo FFVII, vai ver por isso gostei do XIII por q p mim ele é o mais semelhante ao VIII, acredito que o FFVII tenha sido o primeiro de muitos pela mudança p o 3D o q gerou uma legião de fãs... Sim, FFVII é um ótimo jogo, mas toda a mudança da época contribuiu muito p o sucesso do game, toda a transição de tecnologia q estava acontecendo... Enfim...
O q eu quero dizer é q não da p esperar uma nota alta de jogos como essas simples continuações (spinoffs) pois é claro q esses jogos não terão um enredo tão carregado como um FF numerado (um jogo da serie principal) a verdade é que não se ve um FF com nota alta por que a tempos a Square Enix não lança um FF numerado depois do XIII, mas ai vcs me dizem: "ela lançou o XIV", mas o XIV como todos nós bem sabemos, é um MMO, um jogo totalmente online ou seja, de certa forma tb foge aos padrões de um FF como foi criado originalmente,(mas se me lembro bem a nota dele foi alta em torno de 8,5) e é um FF numerado, nunca vi um FF que não pertencesse a serie principal ter nota 9, não q me lembre, logo só vamos poder constatar a próxima nota com o FFXV, ai sim poderemos dizer q FF está ou não em decadência, e qto a FFXV não esperem batalhas por turnos por q n vai ter, será tudo ação... Mais um FF diferenciado vem ai, não esperem tanto conservadorismo da Square Enix, pois o mundo não é o mesmo de 1997. Se vcs pararem e prestarem atenção, vão ver q todos os FFs horríveis q vcs jogaram, são continuações ou spinoffs... Se bem q eu n curti muito o XII kkkkk mas admito q ele tem uma alta qualidade, eu n gostei por uma questão particular minha de gosto, não por q o jogo é ruim.
Até, espero n ter complicado mais ainda a cabeça de ninguém kkkkk
Caras viúvas do FFVII, joguei os FF-I, FF-II, FF-III, FF-IV, FF-V, FF-VII, FF-IX, FF-X, FF-X-2, FF-XII, FF-XIII e FF-XIII-2 e acredito que nunca mais haverá um FF como o FF-VII ou FF-X, esqueçam, o problema não é história, o problema é o estilo do game, o que vocês gostam é de RPG em turnos e hoje FF "evoluiu" para ação em tempo real. A geração de gamers atuais não quer jogos em turnos e nós os gamers antigos nos acostumamos com RPGs em turnos.
ResponderExcluirNão sei pq a Neiva está tão esperançosa com o FFXV tem tudo para vir na mesma linha dos FFXIII, se fosse para mudar a jogabilidade eles teriam mudado como mudaram do FF-X pro FFX-2 que odiei diga-se de passagem o segundo.
Hoje existem games magníficos além de FF, um dia talvez apareça outro mas a concorrência acirrou e é mais difícil se sobressair. O FF-VII é um "Pelé" dos games, melhor de sua época mas se fosse lançado hoje em dia ia ser um fracasso pois o mercado mudou.
Vamos jogar Skyrim, Last Of Us, Uncharted(s), Bioshock, Dark Souls, GTA V e etc... e sermos felizes.
Deixem a viuvez de lado e procurem novos amores.
Cara concordo plenamente contigo, o Final Fantasy VII foi o Pelé dos RPG´s, o Final Fantasy XV vai vir no mesmo estilo de batalha, eu honestamente não quero nem me entusiasmar demais com o FFXV por que até agora não vimos nada demais apenas videos, não temos data e nem temos previsão, a EA3 sempre é uma esperança mas quem garante?
ResponderExcluirHonestamente gostei muito de Skyrim, Last Of Us, Uncharted, BioShock e teremos ainda esse ano W.Dog´s, Second Son. Então é se divertir com o que tem, e se por ventura vier algo que preste por parte da Square Enix eu jogo.