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sábado, 7 de setembro de 2013

Previsões para a próxima geração - A Square Enix vai passar sérias dificuldades


Apesar de ter a minha opinião formada sobre o que irá acontecer com o mercado de hardware, deixei de fora as 3 fabricantes de consoles para evitar guerras na seção de comentários.

Entrem na máquina do tempo, apertem o cinto e vamos a isto.

Previsão nº1 - A Electronic Arts vai voltar a ser nº1 no mundo

A Electronic Arts já foi a maior editora do planeta mas nesta geração perdeu esse lugar para a Activision Blizzard, muito graças ao gigantesco sucesso de Call of Duty. No entanto, com títulos como Battlefield 4, Star Wars Battlefront, Mirror's Edge 2 e, especialmente, Titanfall a juntarem-se aos best-sellers amadurecidos da editora(Need for Speed e títulos EA Sports), a EA vai entrar na nova geração com um lineup invejável.

A Activision Blizzard precisa de rever a sua oferta para não depender tanto do sucesso de Call of Duty e de Skylanders que, este natal, já vai ter Disney Infinity a fazer-lhe concorrência e a levar a carteira de pais de todo o mundo ao desespero.

No PC, Diablo III vendeu bem mas World of Warcraft tem cada vez menos adeptos. Acho que a empresa precisa de diversificar a sua oferta e voltar a ter mais franchises do tamanho de Tony Hawk e Guitar Hero para continuar a ter um catálogo relevante.
Quem também se encontra de muito boa saúde criativa e capaz de fazer frente às duas grandes editoras americanas é a Ubisoft. Além de Prince of Persia, Rayman e Splinter Cell, Assassin's Creed e Just Dance estabeleceram-se nesta geração como IPs de sucesso garantido mas é a força de The Crew, The Division e Watch Dogs que me enchem de esperanças em relação ao futuro da editora francesa. Agora só precisam de um FPS competitivo.

Previsão nº2 - Call of Duty vai perder terreno

Call of Duty: Black Ops 2 foi o primeiro jogo da série com menos sucesso que o anterior: vendeu “apenas” cerca de 25 milhões de unidades. Longe de acusar fadiga, a verdade é que a concorrência, especialmente Battlefield, não tem dado tréguas ao jogo da Activision.

Homefront e Medal of Honor podem ter falhado a sua missão mas Titanfall é a minha aposta para o jogo que vai, finalmente, conseguir dividir o público de Call of Duty. O título da EA tem tudo o que um jogador de Call of Duty procura- ação frenética, multiplayer competitivo, 60fps- e ainda lhe acrescenta parkour e mechs gigantes. O que querem mais? Não nos podemos também esquecer que Battlefield 3 vendeu umas respeitáveis 16 milhões de unidades e que a série, aos poucos, se está a estabelecer no coração de todos aqueles que gostam do gatilho virtual.



Também Destiny e Warface, o FPS F2P da crytek, são capaz de apelar a este público pelo que pretendentes ao trono de Call of Duty não irão faltar na próxima geração.

Previsão nº3 - A Sega vai à falência

Ah, a saudosa Sega...! Lembram-se dos tempos em que a Sega era a única competição à altura da Nintendo? Pois, também a mim me parecem tempos bem distantes. Após uma impressionante série de decisões completamente idiotas, a Sega deixou de produzir consolas para se dedicar exclusivamente ao sofware. Entrou muito bem nesse mercado mas não teve gás suficiente para conseguiu ocupar a mesma posição que tinha enquanto fabricava consolas. Com o passar dos anos, as coisas só têm piorado e desde os tempos da Dreamcast só criaram duas franchises com algum peso: Valkyria Chronicles e Yakuza

Sonic, outrora um rival à altura do canalizador italiano da Nintendo, nunca conseguiu fazer a transição para o 3D. Tem tido vendas generosas mas nunca extraordinárias. Ainda assim, é a maior franchise da Sega, seguida de Football Manager.

Nos últimos anos, a Sega tem investido muito no mobile e para a nova geração decidiu meter todos os ovos num cesto chamado Wii U, com 3 Sonic exclusivos a caminho do console da Nintendo. Uma decisão arriscada dado tratar-se de uma consola com uma saúde um pouco frágil.


Chamem-me pessimista mas eu não acredito que a Sega aguente mais uma geração. A empresa tentou reestruturar-se, despediu funcionários mas não tem feito nada de realmente notável e que venda muito. Aliens: Colonial Marines foi um dos títulos mais comentados deste ano mas não pelas melhores razões. Com tanta IP de qualidade na sua história, é impressionante como a Sega não aproveita melhor aquilo que lhe deu sucesso no passado. Títulos como Alex Kidd, Comix Zone, Phantasy Star(offline), Crazy Taxi, Skies of Arcadia, Jet Set Radio, Streets of Rage e até Shenmue mereciam alguma atenção e, bem trabalhados, ainda têm o potencial e o apelo para venderem bem.

Dados os desenvolvimentos mais recentes, a minha previsão é que a Sega vai acabar por ser comprada pela Nintendo algures durante a próxima geração. Irônico mas a melhor coisa que lhe pode acontecer.

Previsão nº4 - A Square Enix vai passar sérias dificuldades

Já tive a oportunidade de falar sobre esta empresa que, em tempos, me foi muito querida. Para quem não esteve atento, fica aqui o resumo do seu percurso:



A Squaresoft era uma editora pequena mas responsável pelos maiores RPGs da SNES e PlayStation;
A Enix era outra editora, ainda mais pequena, responsável por Dragon Quest, o maior RPG do Japão;
Fundiram-se em 2003, formando a Square Enix com ambições de serem uma das maiores editoras do mundo;
Entraram em crise criativa e nunca mais produziram jogos de qualidade com a frequência de antigamente;
A Square Enix entrou de forma terrível na actual geração e, tirando The World Ends With You, não criou uma única IP digna de nota nos últimos anos. Antigamente lançavam vários RPGs de qualidade por geração(Chrono, SaGa, Mana, Front Mission, etc.), agora não conseguem vendes mais de um milhão de cópias de um RPG se não tiver Final Fantasy no título.

Os seus grandes investimentos nos últimos tempos foram a aquisição da Eidos e o desenvolvimento de dois MMORPGs. A Eidos tem feito um excelente trabalho, levando-me até a questionar como chegaram à ruína financeira, mas a Square Enix esperava números maiores. Na verdade, esperava que a Eidos carregasse às costas todas as asneiras feitas pela empresa no Japão.

Os dois MMORPGs em questão são Dragon Quest X e Final Fantasy XIV. O primeiro teve vendas fraquíssimas e o segundo foi um autêntico desastre, entretanto re-lançado com o subtítulo “A Realm Reborn”.

São ambos MMOs à moda antiga, com subscrição, numa era em que o F2P se está a tornar rei e senhor do jogo multiplayer.

Com as suas maiores apostas a serem mal recebidas pelo público, a sua galinha dos ovos de ouro(Final Fantasy) a vender menos a cada novo título que é lançado e a única divisão que ainda faz jogos decentes a ser duramente pressionada, não auguro um bom futuro para a Square Enix. Neste momento, depende muito do trabalho da Eidos mas não tem a coragem suficiente para assumir isso. Com a quebra criativa sentida a oriente, a empresa ou engole o seu orgulho e se reestrutura ou prevejo que irá passar por grandes dificuldades ao tentar competir com estúdios ocidentais.

Previsão nº5 - A Activision vai tentar adquirir a Take-Two

A Take-Two foi alvo de uma tentativa falhada de aquisição por parte da EA em 2008, situação que teria deixado a EA sem concorrência nos jogos de desporto(tirando Pro Evolution Soccer). Felizmente para nós, isso não aconteceu mas com a quantidade e qualidade de novas IPs que introduziu esta geração - Bioshock, Red Dead, XCOM e Borderlands - a Take-Two tornou-se uma editora com um portfólio bastante apetecível. Como a EA ainda deve ter o orgulho ferido por não ter conseguido comprar a Take-Two, acredito que vai ser a Activision Blizzard quem vai tentar adquirir a casa de Grand Theft Auto e, desta foram, colmatar as falhas que lhe apontei na primeira previsão.

A concretizar-se este negócio, a primeira previsão fica, obviamente, sem efeito.

Agora que sabem o que penso que poderá acontecer nos próximos anos nesta indústria, gostava de ouvir a vossa opinião. Há alguma coisa que vos parece óbvia que irá acontecer e que deixei de fora?


Escrito por


Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

10 comentários :

  1. Não é difícil de prever isso, enquanto as demais produtoras fazem aquilo que os fãs desejam, a Square-Enix vai sempre querer impor o seu desejo, e nós se quisermos que compremos se não tanto faz.

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  2. A Sega deve-se unir a Nintendo nos próximos anos, falência acho que não pois seus games vendem muito bem e o PS4 pode receber uma versão de PSO2.
    A SE esta destruindo Final Fantasy, incluindo elementos de outros jrpgs como Star Ocean, Tales of, entre outros, assim como muitos fãs ja disseram, Final Fantasy perdeu totalmente suas caracteristicas que outrora eram únicas e inspiração para as suas rivais.
    A Activision deve perder mercado para 2K, visto que Borderlands e Bioshock chegaram com tudo nesta geração enquanto Call of Duty, diferente de Battlefield, se tornou um FPS caça niquel. É mais provavel a SE compra-la visto que a empresa é responsavel pela publicação de seus jogos no oriente.
    E a EA não poderá se apoiar apenas em Battlefield, quando The Need for Speed ja não faz tanto sucesso como antigamente e games de esportes disputam mercado contra a Konami e 2K. Ela teria que realizar um reboot em seus games de maior sucesso assim como a Eidos fez com Tomb Raider e arrisco dizer que Tomb Raider poderá botar Uncharted no chinelo caso a equipe de produção torne os proximos games num legitimo Survivor e os inimigos façam respawn, em Tomb Raider isso acontecia antes de você avançar na história mas não era em todas as áreas.
    A Blizzard dificilmente se tornará lider no mercado de games na próxima geração tendo uma concorrente de peso como a Bethesda.
    E Alex, FFXIV:ARR é um P2P(pay-to-play) e não F2P(free-to-play) pois são games que paga-se mensalidade para manter a diversão, F2P são games como Dust514 que você não precisa pagar uma mensalidade para jogá-lo. O tal 1° mes de graça em FFXIV:ARR é uma baita mentira, o valor da mensalidade ja esta embutido no valor do jogo. Tenho pena do pessoal que joga no PS3, pois o preço do cartão de US$20,00 esta quase R$60,00.

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  3. A TGS vai nos mostrar o caminho que Square-Enix vai de fato trilhar, fica perdendo tempo com jogos do passado como FF X/X-2 HD, prologando a serie XIII é uma vergonha e XV se brincar fica para a próxima geração.

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  4. Olha não espero nada vindo da SE, fazer de FF com elementos de outros jrpgs foi a pior coisa que ela fez nos ultimos anos sem falar tratar FF como um Xenosaga. Ela reclama demais da limitação grafica nos consoles mas faz pouco uso dos recursos graficos a cada geração, desenvolve engines majestosas e não se preocupa em utiliza-la e quando faz uso no máximo desenvolve 3 jogos antes de desenvolver uma engine mais sofisticada. Por exemplo a Capcom com a engine Pantha Rhei deverá utilizar esta engine em diversos games além de Deep Down, jogos como Residente Evil, Devil May Cry, Onimusha, Monster Hunter e possivelmente Breath of Fire 6 deverão utilizar esta engine. Enquanto que a SE destruiu FF pois o game não tem mais originalidade, não passa de uma mistura de elementos de outros jrpgs.

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  5. Pois é, a Konami é um exemplo claro, o motor Fox Engine esta trabalhando a todo vapor desde que foi criado. Hideo Kojima não desenvolveu a ferramenta de trabalho para servir apenas de enfeite como a SE faz com a Luminous Engine.

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  6. Tem que abordar assuntos sobre as 3 empresas de consoles, uma WFW(World Fanboy War) é sempre bem vinda.

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  7. sou totalmente contra as empresas se unir principalmente 2 rivals por que se 2 rivals se unir nao vai ter mais jogos bons .
    ex:square e enix era uma fazendo jogo bom e a outra tbm intao sempre tinha jogo bom pra todos os gostos agora q se uniram so lançao merda .
    gostava muito de FF hoje nem quero ver perto de min.
    pra min a square enix tinha q fazer denovo o Chrono trigger isso sim era um jogo onde voce tinha gosto de jogar .mais pra min se eles fizerem o chrono dinovo tinha q mudar o desenhista. obs:por que pra min "akira"desenhando chrono nao da mais to cansado de ver "Dragao ball" so sabe desenhar isso.
    minha opiniao a square enix tinha q se unir a nintendo e começar a lançar os titulos delas que eram produzidos para o "SNES" e outrasmpresas tomar com exemplos fazerem o mesmo divido que tinha como para a um "super SNES atual com os titulos aintigos mais com graficos atuais.

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  8. A SE e Konami só tem uma alternativa, voltarem a fechar contratos de exclusividade.

    Isso porque as empresas que lançarão games multiplataforma ja informaram que os games serão capados no PS4 por culpa da limitação do Xbone.

    Sabemos muito bem que os melhores anos destas empresas foi na época que seus games eram exclusivos.

    E a SE deve se concentrar na produção de jogos e não de filmes, animes e outros produtos supérfluos.

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  9. As previsões pós PS4...:


    A PSN deixará de ser exclusividade no PS e poderá ser acessada em quaisquer equipamento eletronico, seja Smart TV, IOS e Android, PCs. Existem rumores e boatos que a Sony tem interesse em expandir seu mercado para as outras plataformas e através da Gaikai as pessoas poderão apreciar os games de PS sendo que o aparelho PSX não será descartado e continuará sendo seu principal produto. Ou seja, poderemos jogar games de PS1 até PS4 através da Gaikai, no PC.
    Isso poderá fazer com que as empresas, Microsoft, Nintendo e Sony, algumas gerações após o PS5 abandonarem os consoles e investirem no PC, pois os custos de produção de consoles é muito alto.

    Eu sempre pensei que seria ótimo estas empresas romperem esta exclusividade e lançarem seus jogos numa só plataforma, so não tinha idéia de como isso poderia ocorrer. Avaliando os serviços online PSN e Live, é possível que as empresas de videogames sigam os padrões da Steam, sendo que acessórios para games como o Dualshock continuarão no mercado.
    Minhas análises podem ser absurdas para muitas pessoas, porém há lógica nelas, o custo de produção de controles e outros acessórios esta ficando cada vez mais elevada a cada geração de consoles devido a quantidade de funções que podem executar. Então somando o custo de produção de consoles e acessórios os gastos que estas empresas tem são muito elevados, atualmente elas tem como alternativa para reduzir as despesas, o investimento em modelos mais economicos de seus aparelhos e mesmo assim as despesas não reduzem tanto assim.
    Os serviços on-line poderão ser o divisor de águas destas da Nintendo, Sony e Microsoft, pois no PC elas poderão restringir o acesso de seus games por meio da assinatura de seus serviços NN, PSN e Live.
    Isto tudo são possibilidades que podem acontecer daqui algumas décadas. Se pensarem comigo os custos de produção de um console daqui há 20 anos serão muito maiores do que atualmente, antigamente um console não passava dos R$300,00, em 30 anos o valor subiu para mais de R$2000,00. E entre os fatores que contribuem para o encarecimento de um produto se deve à escassez da matéria prima, as reservas de MP em nosso planeta estão acabando e isto causa a sua valorização.

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  10. Na próxima geração pode ser possivel acessar a Gaikai e jogar games de PS1 ao PS3 por meio deste serviço, em PCs e outros aparelhos. Eu disse "pode" pois a possibilidade disto acontecer é muito remota. Mas seria interessante ver a Sony competindo com a Steam, no PC.

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