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sábado, 10 de janeiro de 2015

Entrevista: diretor da Big N fala sobre o fim das ações no Brasil


A Nintendo encerrou momentaneamente suas atividades no Brasil, medida tomada para que a empresa busque um novo modelo estratégico para o país. Para entender o que vai acontecer a partir de agora, entrevistamos em primeira mão Bill van Zyll, diretor e gerente geral para a América Latina da Nintendo of America. Veja os principais trechos da conversa.



Em 2011, o braço brasileiro da Latamel se tornou Gaming do Brasil para estimular o relacionamento entre a Nintendo e seus fãs. Vimos essa melhora acontecer, mas agora o contrato com a Gaming subitamente se encerrou.

O que deu errado?

O Brasil possui um mercado único, complexo e com alta carga tributária. O modelo atual era insustentável. O encerramento do contrato foi algo que se desenvolveu com o tempo. A situação foi gradualmente se complicando, até que não vimos outra saída: um recuo estratégico para reavaliar como faremos nossa abordagem daqui para frente.

Se o modelo atual é insustentável, não seria o momento da Nintendo tentar uma nova abordagem, como fabricar seus jogos em território nacional?


Realmente consideramos fazer isso. Entretanto, a falta de tempo não nos permitiu analisar como isso seria executado. Então, resolvemos postergar essa abordagem.


A partir de agora, como poderemos comprar os jogos do Wii U? A Nintendo eShop brasileira do console não está disponível.


Ainda não possuímos uma data para a abertura da loja virtual no Brasil. Porém, estamos trabalhando para que isso aconteça o quanto antes. Enquanto isso, a Nintendo eShop do Nintendo 3DS continua funcionando normalmente, sem alterações nos preços.


E quanto aos grandes lançamentos de 2015, como The Legend of Zelda: Majora's Mask 3D, Mario Maker, Star Fox e Xenoblade Chronicles X?


Sentimos muito pela situação desconfortável. Sabemos que existem lançamentos de muito peso a caminho. Tentaremos ser pontuais em trazer os games para o Brasil através da Juegos de Video Latinamérica [distribuidora panamenha que é proprietária da Gaming do Brasil]. Entretanto, não podemos garantir nada no momento, já que ainda estamos estudando como fazer isso.

Com o encerramento da Gaming, há conversações com outras distribuidoras no Brasil?

No momento não há outra empresa nos planos. Continuaremos trabalhando com a Juegos de Video Latinamérica na América Latina, então é possível que seja através dela que retornemos.

Por quanto tempo ficaremos sem a presença da Big N por aqui?

Considerando os empecilhos atuais que nos impedem de manter uma situação sustentável, não temos nenhuma prévia de quando voltaremos. Só podemos prometer que queremos estar de volta o mais rápido possível!

Como fãs, devemos nos preocupar com o futuro? O que você pode dizer aos nintendistas?

Agradecemos demais por todo seu apoio e sua paixão. Os nintendistas brasileiros são apaixonados como nenhum outro, e foi uma decisão difícil ter de fazer esse recuo. Se fosse só por vocês, com certeza ficaríamos.
Escrito por
Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

1 comentários :

  1. Espero que as intenções da Big N é montar um polo industrial no país, porém com o governo que temos isso deve durar anos...foi um milagre termos Tectoy e Playtronic no inicio da decada de 90 e logo em seguida Gradiente(Nintendo). Se o governo não facilitar as coisas...não teremos o acervo da Nintendo tão facilmente assim e como disse em outro post...ja era dificil encontrar titulos, para o WiiU...agora será quase impossivel. E mesmo que existam os "ambulantes" o preço do aparelho, acessorios e jogos devem ficar caros caso os vendedores do ML aproveitem a oportunidade para lucrar. Um exemplo...ha pouco pesquisei o game UMVSC3 para PS3 no ML e tem safados vendendo o game usado por mais de R$150,00 isto porque o game não é mais comercializado apos o fim do contrato de parceria entre a Marvel Comics e a Capcom o que resultou na remoção de todo acervo da série versus da PSN Store e da Live.

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