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sábado, 11 de maio de 2013

Negociação para a criação do PS3 brasileiro levou cerca de 3 anos


 O PlayStation 3 fabricado no Brasil se destaca pela diminuição em seu preço (o console agora é vendido por R$ 1.099,00), mas a manufatura que ficará responsável pela montagem na Zona Franca de Manaus não nasceu do dia para a noite. Foram cerca de três anos de negociações para o PS3 ser fabricado no Brasil - e ser o primeiro da América Latina.


Além disso, apesar de não ter sido anunciada, os executivos prometem novidades e melhorias para a PSN brasileira, que eles garantem que não foi fácil de ser criada. Confira:

A história da fábrica de PlayStations

Segundo o presidente da Sony Computer Entertainment global, Andrew House, as negociações em torno da nova instalação duraram cerca de 3 anos e, durante esse período, uma equipe da SCE trabalhou juntamente com a divisão brasileira do conglomerado para "tentar muitas diferentes abordagens para reduzir o preço" dos consoles e jogos. O time encabeçado por Mark Stanley, gerente da SCE para a América Latina, teve múltiplas conversas sobre redução de carga fiscal com o governo, promoveu negociações com as redes de lojas mais relevantes e fez um esforço interno para reduzir as margens de lucro dos produtos em território brasileiro. Pacotes como os "Tri-Play", que vendem trios de jogos a preços comprimidos, são alguns exemplos dessa última estratégia.


Há mais a se considerar. Enquanto falavam da nova fábrica, os executivos revelaram um segundo fator surpreendente: o Brasil é o único país do mundo, além da China e do Japão, a ter uma fábrica de PlayStations, em um investimento que passou de R$ 600 milhões. Na prática, isso significa que todas as nações do mundo recebem seus consoles do mesmo pólo industrial no extremo leste asiático, enquanto nós temos agora uma fábrica própria. Embora não tenham discutido os motivos para isso, a escolha pelo Brasil dá indícios de seu posicionamento econômico estratégico para a gigante japonesa.


 

A briga para criar a PSN brasileira

Vista muitas vezes com certo desprezo pelos próprios jogadores nacionais, a PSN brasileira, apesar de existir há um ano e meio, foi idealizada já em 2008. A demora na concretização da rede se deu por um conjunto de impedimentos legais (certificações de comércio digital, certificações de conteúdo para cada jogo, certificações legais para a própria PSN) que impediram a Sony de oferecer o conteúdo antes.

O grupo enxerga uma possibilidade de crescimento espetacular por aqui: segundo o mesmo Mark Stanley, eles pretendem fazer do Brasil um pólo de consumo e produção de games para o resto do mundo. Vendo que os usuários brasileiros conectados à PSN hoje chegam a 1,5 milhão de pessoas e que há grande demanda reprimida no mercado, eles acreditam que haja espaço suficiente para a construção de um canal especializado em jogos brasileiros no longo prazo. Para que isso se torne possível, a Sony tem há mais de um ano um projeto de incubação de estúdios que já fechou parcerias com mais de 40 equipes daqui. Os resultados, porém, ainda não estão nos padrões de qualidade que a empresa estabelece.



Para os jogadores que desaprovam a forma como a empresa tem lidado com os lançamentos na PSN Brasil, Mark Stanley admite: "Não chegamos lá ainda", sobre a pouca abrangência de conteúdo, e dá um número: "Neste momento, temos cerca de 200 itens para download, e estamos trabalhando para aumentar essa oferta.

O lugar do Brasil na estratégia da Sony




Trazer os dois cabeças da Sony Computer Entertainment (Jack Tretton e Andrew House) para São Paulo foi um gesto grandioso da Sony, e não fruto de caridade. Como dito durante a coletiva, “o Brasil está alto no Top 5 dos mercados com potencial de crescimento” para a área dos games no futuro imediato, e a empresa quer fincar sua bandeira antes que a concorrência domine. Por isso a fabricação de consoles por aqui, por isso as conversas com o governo, por isso a coletiva com cara de E3.

Mais significativo, porém, é o modo como a empresa pretende fazer isso. Mark Stanley resumiu: "Estamos chegando pra ficar", e as decisões de seu grupo refletem essa atitude em uma estratégia que inclui buscar as melhores cabeças para produzir jogos com a mentalidade verde e amarela. A expectativa é de que entender a cabeça do brasileiro dê à empresa mais domínio de mercado, tanto para importação dos consoles e jogos quanto para exportação do que for desenvolvido aqui.

Com pequenos estúdios e uma comunidade indie cada vez mais agitada, o cenário de desenvolvimento do Brasil casa perfeitamente com a estratégia de diversificação de conteúdo que a Sony tenta introduzir na PSN nos últimos anos. Uma aspa de Mark Stanley parece traduzir o pensamento: "Nós vemos todos esses jogos de celular, jogos grátis saindo, e achamos que eles são mais que apenas passatempos. Eles são jogos sem-cabeça, que não são comparáveis ao que você pode encontrar em um console como o PS3, mas também são uma via para espalhar a mensagem por aí para as pessoas que talvez só tenham acesso a eles para que venham e testem os jogos de verdade. A resposta mostra a abertura da Sony para outros modelos de distribuição em que o Brasil pode competir.

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Escrito por


Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

4 comentários :

  1. #Chupa Marta! Games é cultura sua velha louca!

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  2. AlucardJPA ( Luciana )11 de maio de 2013 às 06:20

    Sensacional a matéria, é bom para o Brasil e bom para os Gamers!

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  3. Acredito que isso deva ser um preludio para depois de um ano o PS4 ser fabrica no Brasil também e com isso o preço será acessível para nós todos! Valeu Sony!

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  4. Aquela velha só diz merda! Não adianta ficar perdendo tempo com ela. Está ai a prova de que os games são importantes, geram empregos, aquecem o mercado. Prefiro 10x que meu filho jogue Vídeo Game em casa do que ele esteja no meio da rua se drogando ou cometendo vandalismo.

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