The Legend of Zelda é literalmente uma lenda entre os jogos eletrônicos. O jogo sobre um jovem guerreiro que deve salvar uma princesa, ajudou a moldar não apenas jogadores, mas futuros desenvolvedores, ao longo de mais de 25 anos de história da franquia. Recheada de curiosidades, montar uma lista sobre a série Legend of Zelda não é uma tarefa fácil, por isso vamos nos ater as curiosidades que vão além de simples “easter eggs”. Confira!
Curiosidades sobre uma das franquias mais aclamadas do mundo dos games (Foto: Reprodução / Zelda Wiki)
A lenda dos videogames
Legend of Zelda: Ocarina of Time, lançado em 1998 para Nintendo 64, é tido por boa parte da crítica e pelo público, como o melhor jogo de videogame de todos os tempos. É o jogo com nota mais alta no site Metacritic e figura entre os primeiros lugares em qualquer lista sobre jogos eletrônicos, independente da época.
Legend of Zelda Ocarina of Time e o seu remake em 3D (Foto: Reprodução / Nintendo Enthusiast)
Além de level design e mecânicas inovadoras, Ocarina of Time triunfou em uma época em que jogos tridimensionais nos consoles eram novidade. A tentação para criar algo limitado era bastante comum, ao invés disso, Nintendo deu liberdade ao jogador. Além disso, o jogo possui um visual que conseguiu envelhecer muito bem, rendendo um remake em 2011 para Nintendo 3DS com pouquíssimas modificações. Uma prova de que não se mexe em time que está ganhando.
Inspirado pela infância
Em uma entrevista ao site Gamespot, o criador de Legend of Zelda, Shigeru Miyamoto, citou uma história curiosa, sobre a criação do clássico. A ideia para o conceito de Legend of Zelda veio das lembranças de sua infância em Kyoto, onde ele brincava de explorar as florestas, cavernas, campos e lagos nas redondezas.
Ideia para o jogo veio das aventuras da infância de Shigeru Miyamoto (Foto: Reprodução )
“Quando eu era uma criança”, disse Miyamoto: “Fui caminhando na floresta e encontrei um lago. Foi uma surpresa para mim dar de cara com aquele lago. Quando estava mais velho, viajei por todo o país sem um mapa, tentando encontrar o meu caminho, e foi descobrindo coisas incríveis e percebendo como era encarar uma aventura assim”.
Link ou Peter Pan?
Em 2012, Shigeru Miyamoto revelou em uma entrevista ao site Game Kult, as ideias que levaram à criação do personagem. Acredite ou não, Miyamoto é fã declarado de Walt Disney, e o personagem Link teve forte inspiração na animação de Peter Pan.
Há diversas semelhanças entre Peter Pan e Link (Foto: Reprodução / DeviantArt / Nintendo)
Há várias semelhanças entre os personagens. Ambos usam roupas parecidas e com predominância do verde. Em Legend of Zelda: Ocarina of Time, Link é guiado por uma fada, assim como Peter Pan e ambos vivem em um lugar onde as crianças não envelhecem.
Legend of Lady Fitzgerald
Zelda é um nome pouco comum, então de onde veio a inspiração? De acordo com uma entrevista ao site Amazon em 2007, o criador da Lenda da princesa Zelda afirma que se inspirou na mulher do escritor americano Francis Scott Fitzgerald, Zelda Fitzgerald.
Inspiração para o nome da princesa Zelda (Foto: Reprodução)
“Zelda era o nome da esposa do famoso romancista Francis Scott Fitzgerald. Ela era uma mulher famosa e bonita, e eu gostei do som de seu nome. Então, eu tomei a liberdade de usar seu nome no primeiro título da série”, explicou Miyamoto.
Máscaras de Star Fox em Legend of Zelda: Majora’s Mask
Há um pequeno Easter Egg no game Legend of Zelda: Majora’s Mask que é muito popular entre os fãs da franquia. Como todos sabem, em Majora’s Mask, as máscaras são um importante elemento do jogo, possibilitando a mudança de mecânicas do personagem. Contudo, o conjunto de máscaras Keaton, Bremen, Bunny Hood, Don Gero’s e Mask of Scents, parecem bastante familiares depois de coletadas.
Máscaras em Majora's Mask guardam mais um segredo (Foto: Reprodução)
Trata-se de uma referência a outro jogo da Nintendo, Star Fox. As máscaras se referem respetivamente aos personagens: Fox McCloud, Falco Lombardi, Peppey Hare, Slippy Toad e Pigma Dengar. Este último, era um antigo parceiro de Peppey que passou para o lado dos bandidos.
Legend of Zelda em disquete
O primeiro jogo de Legend of Zelda a chegar às prateleiras não foi em cartucho, mas sim em disquete. Vale lembrar que na época de concepção do Famicom (o Nintendo 8bits japonês) o conceito de videogame e computador eram intimamente ligados.
Poster e tela inicial do primeiro jogo de Legend of Zelda (Foto: Reprodução)
Por conta disso, o NES japonês possuía um acessório que permitia conectar disquetes ao sistema. Legend of Zelda (ou Zelda no Densetsu – The Hyrule Fantasy) foi o primeiro jogo para consoles onde o jogador podia salvar o progresso de sua aventura e continuar depois, sem depender de passwords. Para a versão americana, a Nintendo introduziu no cartucho um chip adicional com uma bateria que guardaria o progresso do jogador.
Assopre o controle?
Na versão japonesa de Legend of Zelda, é possível encontrar uma maneira fora do comum para matar o monstro Pols Voice. Segundo o manual ele “odeia barulho alto” e na versão japonesa do Nintendo 8 bits, os controles possuem microfone. Para matar o monstro na versão japonesa o jogador precisava gritar perto do controle.
Monstro odeia sons altos, mas você só poderá matá-lo assim se tiver um Famicom (Foto: Reprodução)
Mas uma maneira discreta de se fazer isso, sem matar a família de susto foi rapidamente encontrada pelos jogadores na época, bastava assoprar perto do microfone para matar o monstro e seguir adiante sem acordar toda a família.
Satellaview e um “Zelda” via satélite
Entre 1995 e 1999, perdemos uma das melhores experiências com games de todos os tempos. Em parceria com a empresa St.GIGA broadcast, a Nintendo lançou o sistema Satellaview para Super Famicom (SNES japonês). BS Zelda no Densetsu, BS Zelda no Densetsu: MAP2 e BS Zelda no Densetsu: Inishie no Sekiban foram três jogos transmitidos via satélite, os quais os jogadores poderiam guardar em um cartucho.
Os destaques destes três jogos são inúmeros. Os jogos não eram estrelados por Link, mas por um personagem selecionado pelo jogador em um menu, havia a possibilidade até de jogar com personagens femininas. Os jogos possuíam narração e dublagem para alguns eventos que aconteciam simultaneamente.
"Smartwatch” com Legend of Zelda
Smartwatch parece um conceito legal hoje em dia, mas imagine isso em 1980 e 1990 e com jogos de Legend of Zelda embutidos? Esse era o resultado da parceria da Nintendo com a empresa Nelsonic Industries. Legend of Zelda “para relógios”, consistia em um minigame muito similar aos jogos do portátil Game & Watch.
Relógios traziam jogos da licenciados da Nintendo, inclusive Legend of Zelda (Foto: Reprodução)
A parceria também rendeu outros relógios personalizados como do Super Mario Bros. Nem precisa dizer que esses relógios são o sonho de consumo de qualquer fã da Nintendo.
Evitando problemas com temas polêmicos
Criada no Japão, a série Legend of Zelda possui, obviamente, raízes bem diferentes das ocidentais. Para evitar problemas ou ser interpretada de maneira errada, houve várias mudanças em jogos da série para evitar que ela caísse em qualquer polêmica, principalmente em discussões de natureza religiosa.
Versão ocidental de alguns jogos da série sofreram alterações para evitar polêmica (Foto: Montagem)
No primeiro Legend of Zelda, Link usa um escudo com um emblema de uma cruz e no manual da versão japonesa, o livro de magias se chamava “Bíblia”. A versão japonesa de Legend of Zelda: A Link to the Past (SNES) possui o seguinte nome: Zelda no Densetsu: Kamigami no Triforce (A Lenda de Zelda: Triforce dos deuses) A mudança fora feita também em alguns textos do jogo que, na versão original tinha caracteres egípcios. Curiosamente a Triforce, símbolo máximo da série, fora mantido. Sentiu falta de alguma curiosidade? Deixe sua opinião nos comentários!
Escrito por
Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.
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