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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Intel apresenta Iris - a sua tecnologia gráfica de nova geração



 Processador no chip procura performance GPU de jogos dedicada.
Podemos dizer que chips gráficos integrados no PC não desfrutam da mais robusta das reputações - uma situação que vai mudar radicalmente com o lançamento dos processadores Core de quarta geração da Intel, nome de código Haswell. Na verdade, a firma está tão empenhada em forçar a nova tecnologia gráfica que deu novo nome à sua linha integrada de GPU, as partes de ponta tem agora os nomes de Iris e Iris Pro.


Dentro da Intel, o alvo de performance não oficial da parte Iris Pro é igualar ou até exceder a popular GT650M da Nvidia, que casa duas unidades de processador Kepler SMX com 2GB de memória GDDR5. Este chip é actualmente encontrado em portáteis de jogo de média gama, e no Retina MacBook Pro de 15 polegadas da Apple - que pode ter sido a inspiração da Intel para o nome Iris. Para ter uma ideia do que um chip quad-core Intel alcança em sintonia com a GT650M, verifiquem a nossa análise Retina MacBook Pro - essencialmente olhamos para os do tipo de Battlefield 3 e Crysis 2 a correr a 1600x900 com definições de qualidade decentes, representando um salto significante além das actuais consolas. Alcançar este nível de performance não é fácil, particularmente quando chips gráficos integrados tendem a ser lançados sem RAM dedicada e apenas podem aceder a RAM de sistema DDR3 - bom para tarefas computacionais gerais, não tão bom para jogos.

Com a Iris Pro de ponta, a solução da Intel com o problema de largura de banda é ambicioso - juntamente com o processador principal, existem 128MB de eDRAM ultra rápida a providenciar a largura de banda que a RAM de sistema não consegue produzir. Em perspectiva,o Xbox 360 usa uma técnica similar mas apenas tem 10MB de eDRAM na GPU, enquanto a nova Xbox - lançada no final deste ano - tem 32MB de memória embutida para o mesmo trabalho (segundo os papeis da Microsoft que escaparam). eDRAM não é barata de produzir, portanto apenas versões de ponta do chip Haswell tem a memória extra - a apresentação Intel sugere que somente as partes quad-core móveis tem a GPU de ponta. Quads mais baratos sem a eDRAM também estão disponíveis, e apesar de ser claro um aumento na performance aqui sobre o existente Intel HD 4000, não é tão pronunciado.


Relatos sugerem que o Iris Pro oferece performance similar ao chip gráfico GT650M da Nvidia, portanto o que traduzi isso em termos de jogos? Aqui vemos a tecnologia de GPU móvel da Nvidia comparada em duas versões - primeiro no Retin MacBook Pro de 15 polegadas (que parece correr a GPU em velocidades acima das normais) e depois no Alienware M14x. Ambos os testes são executados com o mesmo CPU Intel quad-core a 2.3GHz e a resolução é de 1600x900.


A parte nível Pro realmente estica os seus músculos na arena portátil, onde as velocidades de relógio são significativamente aumentadas e onde existe muito mais espaço térmico. O teste 3DMark 11 da Intel sugere um aumento de 3x na performance sobre a tecnologia gráfica HD 4000 presente nos actuais processadores "Ivy Bridge" de terceira geração quando comparados com os existentes 3770K e o novo 4770R, enquanto o novo 4770K tem um aumento de 1.8x. Portanto qual a diferença entre os modelos "R" e "K"? Bem, apenas os chips "R" tem a eDRAM, os tradicionais processadores "K" usa existente RAM de sistema, dando alguma ideia do aumento na performance que a memória dedicada oferece (e talvez por consequência, porque a Microsoft precisa disto para a sua nova consola com GDDR5 descartados).

Relatos também sugerem que os chips "R" não estão disponíveis como processadores tradicionais que se inserem numa motherboard separada - este vão ser soldados diretamente na placa e é incerto se os entusiastas vão ser capazes de os comprar sequer, ou se os chips "R" apenas vão estar disponíveis a marcas como Dell e HP. Supostamente a Intel está a apostar - provavelmente com razão - que os entusiastas se mantenham com as suas gráficas dedicadas no cenário de PC de mesa. Perguntamos à Intel para clarificar até que ponto a linha "R" está disponível para os que querem construir os seus próprios PCs.


Então, qual a estratégia da Intel aqui? Em todo o mercado, desfruta de tudo até uma enorme quota de 85 por cento nos processadores de mesa e portáteis. No entanto, as fabricantes frequentemente aliam processadores Intel com gráficas AMD ou Nvidia, simplesmente porque o poder da GPU não está lá na solução integrada. Com o Iris e Iris Pro, a Intel está a tornar as suas GPUs bem mais atrativas  potencialmente roubando quota à Nvidia/AMD e oferecendo significantes poupanças na eficiência do consumo no processo. Talvez a Apple não precise de ir à Nvidia para a sua próxima atualização Retina MacBook - terá o poder que precisa numa solução tudo em um.


Vemos uma estratégia similar no espaço ultrabook também. Leitores regulares podem-se relembrar que o Intel HD 4000 esforçou-se um pouco para providenciar performance decente em jogos mais modernos no tablet Surface Pro, baseado num processador ultrabook de voltagem ultra baixa. Mesmo nos chips móveis de ponta, o HD 4000 não tinha uma prestação exatamente exemplar, perdendo para o APU Trinity da AMD. A nova linha Haswell para os ultrabooks providencia um aumento até 50% de performance extra e baixa o pico de consumo de energia de 17W para 15W - um feito impressionante tendo em conta que o chip é na mesma fabricado no mesmo processo de 22nm. No entanto, curiosamente, a Intel também introduziu uma nova parte 28W que mais do que duplica a performance gráfica.

Isto pode parecer uma decisão estranha tendo em mente que a tecnologia ultrabook resume-se à eficiência no consumo, mas a Intel está simplesmente a reagir ao que o mercado quer. Novamente, o objectivo aqui é providenciar outra opção para as fabricantes que combinam CPUs Intel com chips gráficos de terceiros - tal como a Acer fez com o seu ultrabook Ultra M3, que combinou um CPU Intel de baixo consumo com a GT640M da Nvidia - com resultados impressionantes. A nova parte ultrabook 28W Haswell deve facilmente bater a performance das actuais consolas, mas provavelmente vai acabar por ser usado em portáteis maiores de 14 ou 15 polegadas tal como o Acer.

A chegada de gráficas integradas de nova geração da Intel deve oferecer também bónus noutras áreas. Existem sugestões que os chips Haswell eDRAM podem muito bem ser capazes de usar aqueles 128MB extra de memória rápida como camada extra de cache para o CPU quando as tarefas gráficas não estão activas. Tarefas computacionais e codificação de vídeo QuickSync também devem ver melhorias substanciais em toda a linha, quer esteja presente eDRAM ou não. Em termos do componente CPU do Haswell, devemos esperar uns relativamente modestos aumentos de 10-15% na performance, e suporte para estados de consumo ultra baixos - uma adição crucial para tornar a arquitetura Core viável para aparelhos móveis. Melhorias significantes na duração da bateria para portáteis também estão a ser comentadas juntamente com suporte on-chip para a altamente promissora - se pouco utilizada - interface Thunderbolt.

Os processadores Haswell da quarta geração Core começam a ser enviados no início de Junho.





Escrito por


Alexandre Vieira
Apaixonado pelo mundo dos videojogos e principalmente Jrpgs e fã da serie Final Fantasy.

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